Por: Graziela Rinaldi Ilustras e Design: Ingrid Victoria Copywriter: Larissa Lopes e Mateus William
Esse texto é um convite para um mergulho mais profundo num assunto espinhoso, que muitas vezes chega disfarçado, vestido com qualquer outra roupa que não exponha intimidades tão alarmantes da nossa sociedade pós-moderna. É um convite para olhar o que antecede o assédio de fato, para os sistemas e crenças que estão instalados hoje nas organizações.
Um pouco de contexto ajuda. Vem comigo?
Os dados aos quais me refiro são do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e informam que somente em 2021, foram registrados em todo o Brasil mais de 52 mil casos de assédio moral e mais de três mil casos de assédio sexual. Os números seguem aumentando e colocando luz em um assunto tão urgente no ambiente organizacional.
A violência psicológica no trabalho não é um fenômeno recente, porém passaram a ser estudadas com maior destaque nos últimos 30 anos, com o aumento do desemprego e início da pós-modernidade.
Essa mudança no mercado, aliada a um novo modelo de gestão, traz uma série de exigências fundamentadas por gestores como "um mercado cada vez mais competitivo", resultando em uma maior pressão por metas e cobranças, personificadas em resultados quantitativos crescentes. Tudo isso traz uma nova realidade para o ambiente de trabalho.
Empresas dos mais diferentes segmentos são caracterizadas por metas inalcançáveis e pelo ritmo intenso de trabalho. A forte pressão do tempo, somada ao aumento do controle e medo da demissão, conduzem a um "jogo infinito" por resultado.
As pesquisas que tenho feito sobre o tema mostram que, nos últimos quatro anos, tem se percebido uma intensificação do assédio, ou seja, o assédio está mais descarado. As pessoas perderam a vergonha de serem mais autoritárias e desrespeitosas – tudo “em nome da excelência”.
(Esse olhar para excelência e alta performance, deixo por conta do amigo João Luiz Carneiro neste vídeo.)
Como estamos cuidando do tema na Atma Genus?
Este é um assunto de muitas camadas, que parte das distinções sobre o que é (ou não) assédio, atuação da liderança até a revisão de símbolos e sistemas que mantém estes mecanismos presente em suas culturas, ainda que atenuados por um "foco no resultado".
Acreditamos que não basta apenas implantar normas e políticas para cuidar do assédio no trabalho, mas também colocar luz nas crenças que levam a comportamentos e culturas disfuncionais, são a chave das transformações reais para as empresas e sociedade.
Atuar na prevenção por meio do letramento, ampliação de consciência sobre o que causa dor no outro, empatia e acolhimento são ações que podem gerar espaços mais seguros para começarmos a falar sobre assédio. A partir de uma escuta profunda, desenvolvemos soluções personalizadas para atender necessidades específicas de indivíduos, times e organizações acerca do tema.
A Atma Genus, está aberta para conversar sobre como atuar na prevenção dessa dor tão latente nos dias atuais. E então, vamos conversar?
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