Por: Marisa Gimenes
Ilustras e Design: Ingrid Victoria
Copywriter: Mateus William
As emoções são uma parte intrínseca da experiência humana, e isso não é diferente no ambiente de trabalho. Elas emergem e se manifestam de diferentes modos, em vários âmbitos da nossa existência, seja ao lidarmos com um feedback, ao fazermos uma apresentação de um relatório, na forma como lideramos nossos colaboradores e como nos relacionamos com nossa família e amigos.
Reconhecendo a importância dessa questão, utilizamos a ferramenta da gestão do estado de ânimo como parte da nossa atuação dentro das soluções da Atma. Essa abordagem permite auxiliar indivíduos a lidar de maneira melhor com sua emocionalidade no contexto profissional.
Mas afinal, o que é estado de ânimo?
O Estado de ânimo é o pano de fundo desde onde agimos, isto é, ele condiciona nossa ação. É como a água para o peixe. O peixe não vê a água, mas está imerso nela, assim como estamos envoltos nos estados de ânimo. É como uma música, uma trilha sonora que se repete. Eu não o percebo, mas ele está tão presente em minha vida que persiste, ainda que escape à minha visão.
Ele se diferencia da emoção, mas possui uma relação íntima com ela. As emoções têm curta duração, algo passageiro, que surge em função de uma determinada situação. O que faz isso se tornar um estado de ânimo é a permanência dessas emoções.
Diante das circunstâncias cotidianas do trabalho, é comum experimentarmos diferentes estados de ânimo. No entanto, a maneira como lidamos e manejamos esses estados determinam significativamente a abertura ou fechamento de inúmeras possibilidades.
Podemos viver estados de ânimos positivos ou negativos. Quando falamos de estado de ânimo negativo, o que está por detrás desta frequência é um julgamento que não foi confrontado e por esse motivo ficamos prisioneiros e nos sentimos bloqueados.
Dessa forma, queremos apresentar a você, leitor, seis estados de ânimo que aparecem com mais repetição em nossa realidade, a fim de aprofundarmos nossa compreensão sobre suas dinâmicas.
Quando não aceitamos algo que não podemos mudar, algo que é imutável, entramos em estado de ânimo de ressentimento. Imagine uma situação em que tenhamos a expectativa ou a sensação de uma promessa não cumprida, mas hesitamos em expressar nossa insatisfação, porque tememos que mais promessas sejam quebradas e nossas expectativas frustradas novamente. O mesmo acontece quando enfrentamos uma exposição em público e acreditamos que confrontar essa pessoa resultará apenas em mais humilhação contínua.
Nesses casos, quando sou capaz de aceitar o ocorrido, não significando gostar daquilo que ocorreu, mas o aceito, entro em um novo estado de ânimo, fico livre daquela situação e encontro novas possibilidades para lidar com ela.
Ao trabalhar cultura nas organizações frequentemente vemos colaboradores com falas e pensamentos do tipo: "não posso alterar isso, não tenho mais o que fazer a respeito". Chamamos esse estado de resignação, quando não enxergamos mais possibilidades. Porém, é possível uma atitude diferente. Em vez de simplesmente aceitarmos passivamente as coisas como são e cruzar os braços, podemos caminhar para uma mentalidade de ambição, onde conseguimos buscar outras alternativas e perceber novos caminhos, expectativas…
Passemos para um outro estado de ânimo muito conhecido nos dias atuais, que é de ansiedade. Este estado de ânimo leva a uma necessidade de ter tudo claro, mesmo quando a atividade e/ou situação que estamos nos dedicando seja algo novo, é como se não tivéssemos tempo para aprender e já devêssemos ser expert em um determinado tema, nos levando muitas vezes em um looping de preocupações sobre o que vai acontecer.
Essa ansiedade acaba proporcionando impaciência, frustração, insegurança, gerando muita confusão, ao ponto de questionarmos nossa competência. No entanto, quando aceitamos a condição de aprendizes principiantes nos permitimos sentir curiosidade, paciência, autoconfiança e, assim, entusiasmo pelo aprendizado que vai se desenhando!
Diante desses exemplos, perguntamos: você já esteve em algum desses estados de ânimo? Percebeu a diferença que é estar entre um lado ou outro?
No trato das emoções a capacidade de escuta é fundamental. Devemos observar quais emoções e estados estão presentes em nós e na equipe, e escutar, pois quando escuto é possível desbloquear estados de ânimo, entendendo quais são os julgamentos por trás. Por isso, quando em um grupo ou time há ausência da habilidade de escuta, mudar o estado de ânimo se torna desafiador!
E, mais do que isso, se escutar, diante das emoções que surgem dentro de nós e questionar:
O que precisa ser feito para sair dessa situação? O que pode me tirar desse lugar? Por que estou aqui novamente em uma situação conhecida, com novos personagens?
Por meio da Atma Genus e Ontológica, trilhamos diversos caminhos que ajudam equipes e pessoas a perceberem seus estados de ânimo por meio de autoanálise, conversas e prototipação.
Só será possível mudar um estado de ânimo quando formos capazes de reconhecê-lo, assim, trazendo maior consciência será possível transformá-lo.
A gestão adequada do estado de ânimo é uma ferramenta valiosa para nosso desenvolvimento individual e profissional. Nossas soluções oferecem a oportunidade de explorar esse vasto universo de possibilidades proporcionadas pelas emoções.
Dessa forma, compreendendo-as e as aceitando, podemos reconhecer sua funcionalidade.
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